sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A PESSOA ERRADA

Pensando bem, Em tudo o que a gente vê e vivencia E ouve e pensa, Não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa Que.se você for parar pra pensar É,na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa Faz tudo certinho. Chega na hora certa, Fala as coisas certas, Faz as coisas certas, Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errrada te faz perder a cabeça, Fazer loucuras, Perder a hora, Morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, Que é pra na hora qur vocês se encontrarem A entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada é,na verdade,aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono, Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível. Essa pessoa talvez te magoe E depois te encha de mimos pedindo teu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, Mas vai estar 100% da vida dela esperando você, Vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, Porque a vida não é certa. Nada aqui é certo. O que é certo mesmo é que temos que viver Cada momento, Cada segundo, Amando,sorrindo,chorando,emocianando,pensando,agindo,querendo, conseguindo. E só assim É possível chegar aquele momento do dia Em que a gente diz: 'Graças a Deus deu tudo certo.' Quando,na verdade, Tudo o que Ele quer É que a gente encontre a pessoa errada, Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente... ' Não temas desistir do bom para buscar o melhor.'
(AUTOR DESCONHECIDO)

domingo, 21 de setembro de 2008

INSTANTES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito,relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade,bem poucas pessoas me levariam a sério. Seria menos higiênico.Correria mais riscos, viajaria mais,contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessa pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas,se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque,se não sabem,disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro,uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver,viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse iutra vez uma vida pela frente. Mas,já viram,tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
(Don Herold)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SONETO DE DEVOÇÃO

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez... – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Rio de Janeiro, 1938
(VINICIUS DE MORAES in : Livro de sonetos)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

NÃO TE AMO MAIS

(para ser lido descendo ou subindo)
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto,mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
(AUTOR DESCONHECIDO)

domingo, 14 de setembro de 2008

SOLIDÃO

Solidão não é a falta de gente para conversar,namorar,passear ou fazer sexo ... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar ... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,às vezes,para realinhar os pensamentos ... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida ... Isto é princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ... Isto é circunstância .
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
(AUTOR DESCONHECIDO)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Amor é prosa, sexo é poesia

SÁBADO, FUI ANDAR na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon. Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas. – Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes ? – questiona a outra. – Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo... Uma delas (solteira e lírica) me diz: – Sexo e amor são a mesma coisa... – A outra (casada e prática) retruca: – Não são a mesma coisa não... Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias se trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais "sutis" defendem o amor, como algo "superior". Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa. O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre sem tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão a posteriori pelos prazeres do sexo. O amor vem depois. O sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições; não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em "doação". Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas. Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença , do "outro"; o sexo, no mínimo, precisa de uma "mãozinha". Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mais sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não -é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes é uma masturbação. Sexo, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval. Não somos vítimas do amor; só do sexo. "O sexo é uma selva de epilépticos" ou "0 amor, se não for eterno, não era amor" (Nelson Rodrigues) .o amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. 0 sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. 0 amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. 0 sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: "Faça amor não faça a guerra." Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias. Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordeI, finge-se um "amorzinho" para iniciar. O amor está virando um hors-d'oeuvre para o sexo. Amor busca uma certa "grandeza". O sexo sonha com as partes baixas. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há sexo seguro, mas não há camisinha para o amor. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. "O grande amor só se sente no ciúme" (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda ( ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.
(ARNALDO JABOR )

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Meu avô foi um belo retrato do malandro carioca

ESTE TEXTO É sobre ninguém. Meu avô não foi ninguém. No entanto, que grande homem ele foi para mim. Meu pai era severo e triste, mal o via, chegava de aviões de guerra e nem me olhava. Meu avô, não. Me pegava pela mão e me levava para o Jockey, para ver os cavalinhos. Foi uma figura masculina carinhosa em minha vida. Se não fosse ele, talvez eu estivesse hoje cantando boleros no Crazy Love, com o codinome Neide Suely. Meu avô, Arnaldo Hess, foi um belo retrato do Brasil dos anos 40/50. Era um malandro carioca – em volta dele, gravitavam o botequim, a gravata com alfinete de pérola, o sapato bicolor, o cabelo com Gumex, o chapéu-palheta, o relógio de corrente, seu Patek Phillipe tão invejado, em volta dele ressoava a língua carioca mais pura e linda, com velhas gírias [Essa matula do Flamengo é turuna(forte)..] Meu avô era orgulhoso de viver nesta cidade baldia e amada, o Rio que soava nos discos de 78 rpm, nas ondas do rádio, o Rio precário e poético, dos esfomeados malandros da Lapa, das mulheres sem malho e de seus sofrimentos românticos, entre varizes e celulite. Antes de morrer, ele me olhou, já meio lelé, e disse a frase mais linda: "É chato morrer, seu Arnaldinho, porque eu nunca mais vou à avenida Rio Branco" . Ali, onde ele me levava para tomar refresco na Casa Simpatia, era o centro de seu mundo. Os políticos canalhas populistas que estão hoje aí querem a volta do passado apenas pelo lado "sujo" do atraso. Mas havia também uma poética do atraso – na Lapa, no Mangue, havia um Rio que, com poucas migalhas, fabricava uma urbanidade pobre, bela e democrática. Ele também me dava aulas de sexo. Contou-me uma vez que a melhor mulher que ele teve na vida tinha sido uma "João". Que era "João"? Esse termo, ainda escravista, designava as pretinhas tão pretinhas que tinham o pixaim da cabeça ralo, quase carecas. Eram as "João". Pois ele me disse: "Foi no terreno baldio, ali na General Belfort... foi o melhor nick fostene que eu tive..." (Inventara esse nome de falso inglês de cinema americano para designar a cópula, sendo a palavra acompanhada pelo gesto vaivém de bomba de "Flit": Nick Fostene...) Contava isso a um menino de dez anos, a quem ele dava cigarros e ensinava ( a mim e ao Cláudio Acylino, meu primo) apegar bonde no estribo, andando. Me apresentou sua amante, uma mulher ruiva chamada Celeste, que me beijava trêmula e carente como uma avó postiça e que, sendo de "boa família" ( ele me falava disso com uma ponta de orgulho), "nunca se metera em sua vida familiar oficial". Isso ele dizia com os olhos machistas molhados de gratidão. Ou seja, ele me ensinava tudo errado e com isso me salvou. Quase analfabeto, vivera grudado com a turma dos intelectuais da Colombo, babando com os trocadilhos de Emilio de Menezes, Olavo Bilac, Agripino Grieco nos anos 20, o que lhe deu um fascinado amor às letras que não lia, mas que o fez trazer-me sempre um livro novo, da Rio Branco, junto com a goiabada cascão e o catupiry. Uma vez, já mais tarde, eu namorava uma moça lindíssima e virgem (claro) mas burrinha. Reclamei com ele. Resposta: "Ah, é burrinha ? Você quer inteligência ? Então vai namorar o Santiago Dantas! " Quando fomos aos sinistros rendez-vous, de onde nos floresceram as primeiras gonorréias, nossos pais severos bronquearam: "Vocês são uns porcos! " Já nosso vovô riu, sacaneando: "Poxa... boas mulheres, hein... ? " Vovô nos ensinava a conversar com as pessoas, olho no olho. Na minha família de classe média, celebravam-se as meias-palavras, o fingimento de uma elegância falsa, de uma finesse irreal. Só meu avô falava com os vagabundos da rua, com os botequineiros, com os mata-mosquitos. Enquanto minha família toda votava histericamente na UDN, em pleno delírio golpista, meu avô pegou o chapéu, e foi votar. Eu fui atrás dele... "Votar em quem?" "No Getúlio, seu Arnaldinho... ele gosta do povo e eu sou povo." "E eu sou 'povo' também, vovô?", perguntei. Ele riu: "Você não; você tem velocípede..." Ele me levava ao Maracanã, ele me levava em seu ombro para ver a estrela de néon da cervejaria Black Princess ( até hoje me brilha esta supernova na alma), ele, uma vez, deixou-me ver um morto na calçada, navalhado no peito ( "Parecia a fita do Vasco da Gama", ele disse) – não me escondeu a tragédia. Me ensinou tudo errado e me salvou... Meu avô adorava a vida e usava sempre: o adjetivo "esplêndido", tão lindo e estrelado. A laranja chupada na feira estava "esplêndida", a jabuticaba, a manga‑carlotinha, tudo era "esplêndido" para ele, pobrezinho, que nunca viu nada; sua única viagem foi de trem a Curitiba, de onde trouxe mudas de pinheiros. "Esplêndidas..." No fim da vida, já gagá, eu o levava ao Jockey para ele conversar com o Ernani de Freitas, o amigo tratador de cavalos, que lhe dava um carinho condescendente com sua gagazice, falando de cavalos que já haviam morrido. "Hoje corre a Tirolesa ou a Garbosa ? ", perguntava. "A Tiroleza está machucada, Arnaldo..." Velho gagá, deu para dizer coisas profundíssimas. Uma vez, já nos anos 70, celebrei para ele as maravilhas lisérgicas do LSD que eu tomara. Ele me ouviu falar em "delírio de cores", "lucy in the skies" e comentou: "Cuidado, Arnaldinho, pois nada é só bom..." Outra vez, vendo passar um super-ripongão sujo, "bicho-grilo brabo", comentou: "Olha lá. Um sujeito fingindo de mendigo para esconder que realmente é... ! Há dois anos, na exumação de um parente, o coveiro colocou várias caixas de ossos em cima do túmulo. Numa delas, estava escrito a giz: "Arnaldo Hess". Não resisti e levantei de leve a tampa de zinco. Estavam lá os ossos de vovô. Vi um fêmur, tíbias, que eu toquei com a mão. Vocês não imaginam a infinita alegria de, por segundos, encostar em meu avô querido. Eu estava com ele de novo em 1952, sob o céu azul do Rio. Meu avô não era ninguém. Mas nunca houve ninguém como ele.
( ARNALDO JABOR in : Amor é prosa sexo é poesia)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, 09.1938
( VINICIUS DE MORAES)